quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Uma oração para aqueles que querem se reerguer

«Il buon Dio cura sempre i nostri affari, quando noi curiamo i suoi».
Colocai-me de pé, Senhor, para que eu possa levantar meus irmãos
Senhor, obrigado por vosso amor
e vossa presença neste momento de oração e de encontro.
Sei que hoje me escutais com carinho e atenção.
Peço-vos a graça de ser paciente para que opereis em mim.

Que eu possa sentir vossa mão amorosa que me sustenta
e me faz perceber o quão grande é vosso amor por mim
e pelos que sofrem por causa da desilusão, da falta de esperança,
da falta de trabalho e da solidão.

Colocai-me de pé para que eu possa levantar os outros.
Levantar os que caíram por causa do desamor,
da falta de oportunidades,
e das injustiças.

Amém

Milagros Rodón
Oração originalmente publicada por Oleada Joven, traduzida e adaptada ao português.



segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Sexo: esclarecimentos para católicos solteiros e casados

© Shutterstock
Uma explicação simples sobre o sentido da sexualidade nos planos de Deus
Sexo!!!
Eu pensava que esse assunto já estava claro na mente dos fiéis, mas não. A bagunça ainda existe. Solteiros que acham que NÃO É pecado, e casados que pensam que É. Vamos clarear isso!
O sexo é uma graça de Deus. É através dele que a vida humana floresce. Nada que Deus criou é ruim em si mesmo, pois Ele é o Sumo Bem. No entanto, o pecado chegou pra desconstruir os planos do Criador. Como diz um tio meu, Deus fez a cana e o diabo inventou a cachaça.
No matrimônio, o sexo é um ato sagrado. Jesus revelou a uma alma mística que, quando a esposa se recusa sem motivos sérios, está impedindo que o esposo beba na fonte da vida, e vice-versa. Há casamentos sendo destruídos por uma má compreensão do sexo. Uma senhora chegava a fugir do marido quando ele a procurava. Pegava o terço e dizia: “Tá repreendido. Saia daqui…”. Existem casais que não comungam após uma noite de amor. Outra senhora que cobria o crucifixo do quarto com uma toalha “para Jesus não ver”. Minha gente, a cama de um casal ‘casado’, é o altar da vida, é um lugar santificado. Tobias e Sara rezavam antes de se deitarem. Não é à toa que a Igreja diz que o casamento só é consumado na noite de núpcias. Acordem pra vida!
Já no caso dos solteiros, aí sim a coisa complica. Buscar o prazer no outro, sem ter um compromisso, é fazer da pessoa um objeto. Quando alguém se casa, está se dando ao outro por inteiro. É o mesmo que dizer: “Vou tocar no teu corpo porque te amo. Ele será meu, e o meu será teu, por toda a vida”. Sexo antes do compromisso matrimonial, é dizer: “Vou usar o teu corpo para satisfazer minhas paixões… você é meu copo descartável”. Por isso há tanta gente desestruturada, por ter sido usada e ferida naquilo que tem de mais íntimo. O corpo que nasceu para ser um jardim secreto de delícias, torna-se pasto de animais selvagens.
Quer escapar da Aids, da gravidez indesejada e dos traumas no namoro? Então previna-se! Seja casto (a) e busque um relacionamento em Deus. Deixe o ‘tico-tico no fubá’ para aquele (a) que tiver a coragem de te levar ao altar e dizer, diante de todos: “Recebe esta aliança como sinal do meu amor”.


Dormir 8 horas por noite pode salvar sua vida

Shutterstock
A privação do sono não é uma medalha de honra – está ligada a tudo, desde a obesidade até o câncer
Ah, dormir. Como todas as mães, tenho uma relação de amor e ódio com isso. Ou seja, adoro quando está acontecendo e odeio quando não acontece.
A maioria de nós se sente assim, mas agimos de modo diferente. No início da minha vida adulta, relutantemente (oh, com relutância), abandonei a ideia de que precisava de 8 horas de sono para funcionar e comecei a permitir que meu sono fosse diminuído em uma hora, depois duas e depois três.
Mas eu sempre fiquei cansada, esquisita e esquecida. Parte disso é inerente à minha personalidade, é verdade – talvez eu possa dormir 10 horas por noite e ficar esquisita e esquecida. Mas talvez não tão esquisita e esquecida. E o mais alarmante, parece que estava causando sérios danos à minha saúde ao desistir de dormir, de acordo com o Matthew Matthew Walker. Walker é o diretor do Centro de Ciência do Sono Humano na UCLA, e ele recentemente disse ao Guardian quão perigosas são nossas ideias erradas sobre o sono.
“Se há uma coisa que eu digo às pessoas é para irem para a cama e acordarem ao mesmo tempo todos os dias, não importa o que aconteça. Eu levo o sono incrivelmente a sério porque eu estudo isso. Uma vez que você sabe que depois de apenas uma noite de apenas quatro ou cinco horas de sono, suas células assassinas naturais – as que atacam as células cancerosas que aparecem em seu corpo todos os dias – caem em 70% ou que a falta de sono está ligada ao câncer de intestino, próstata e mama, ou mesmo que a Organização Mundial de Saúde classificou qualquer tipo de trabalho de turno noturno como um provável carcinógeno, como você poderia fazer outra coisa?”.
Walker não começou a estudar o sono – começou a estudar pacientes com demência. Mas ele não conseguiu fazer nenhum progresso até perceber que alguns tipos de demência estavam atacando centros do cérebro que tinham a ver com o sono controlado, então ele criou um laboratório de sono para monitorar as ondas cerebrais de pacientes com demência enquanto dormiam.
Os resultados abriram as comportas para a pesquisa do sono. Ele descobriu que o sono poderia ser um novo teste decisivo de diagnóstico precoce para diferentes subtipos de demência. Mas a privação do sono (definida como qualquer coisa menos de sete horas por noite) tem uma cascata de consequências muito além da demência – está envolvida em ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais, diabetes, obesidade, câncer, distúrbios imunológicos, agressão, dependência e transtorno bipolar.
Esse é um preço elevado para pagar por ser “adulto”. Certo, às vezes a privação do sono é inevitável – recém-nascidos e crianças doentes não acompanham o relógio. Mas sacrificar o sono por causa de e-mails, trabalho, games ou mesmo televisão não é uma escolha responsável.
Então, vamos deixar a ideia de que dormir menos é algum tipo de medalha de honra. Não é. Não está aumentando nossa produtividade – está diminuindo nossas vidas. Na próxima vez que alguém lhe disser que ninguém “precisa” de 8 horas de sono por noite, diga-lhe que todos precisam. Na verdade, são ordens do médico. Por:  Calah Alexander |


quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Não espere das pessoas aquilo que só Deus pode fazer por você

Unsplash CC0
Por que insistimos em colocar pessoas e coisas em uma posição na nossa vida que o Senhor disse que pertence a Ele?
Vivemos um tempo em que as pessoas, principalmente os jovens, estão cada vez mais frustrados, decepcionados, e tristes, mas não falo da ausência de sorriso no rosto, falo de uma tristeza interior que por vezes é mascarada com belos “pares de dentes”. Não é de se impressionar que a doença que tem causado uma “epidemia” em nossa juventude é a tão temida: depressão. Doença essa que chega de mansinho como se não estivesse ali e sem ao menos se dar conta a pessoa já está dominada por ela.
Durante muito tempo vim perguntando a Deus qual o motivo dessa “epidemia” no meio dos nossos jovens. E Deus através da frase “Não espere das pessoas aquilo que só Eu, o Senhor, pode fazer por você”, respondeu-me. Na nossa essência humana temos a necessidade de adoração, precisamos adorar algo ou alguém e “burramente”, me desculpe a palavra, deixamos de adorar a Deus e escolhemos adorar pessoas, sonhos e coisas materiais.
Não foram uma e nem duas vezes que chegaram para mim dizendo: “Estou sem chão. Namorava com um menino e me entreguei por inteiro a ele, mas fui decepcionada; tive uma namorada e eu pensava ser ela a mulher da minha vida…” E todas essas pessoas que chegaram com esse tipo de mensagem, estavam carregadas de tristezas no coração e deprimidas. E sempre são pessoas que estão se entregando a relacionamentos amorosos de maneira que só devem se entregar a Deus, pois Ele supera todas as expectativas, Ele não nos decepciona, Ele não nos abandona, ELE NOS AMA!
Deixa eu falar uma coisa a você que até aqui teve a paciência de ler essa mensagem: De todas as coisas feitas e faladas por Jesus, ele não define as leis, nem os milagres e prodígios, ou ler a bíblia e jejuar, nem mesmo orar como as coisas mais importantes, e sim “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda sua alma, de todo o seu entendimento, e de todas as suas forças. ”, sendo este o maior mandamento. Ele em momento nenhum disse: Ame seu namorado com todo seu coração; ame seu trabalho com toda sua força; ame sua faculdade com todo seu entendimento; ame seu celular com toda sua alma.
Nós somos meios bobos e insistimos em colocar pessoas e coisas em uma posição na nossa vida que o Senhor disse que pertence a Ele. Engraçado que no evangelho de Lucas no capítulo 14, versículo 26, Jesus fala: Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e ATÉ SUA PRÓPRIA VIDA (cuidado com o amor próprio em excesso) mais do que a mim, não pode ser meu discípulo.
Preciso falar mais alguma coisa? Jesus deixou bem claro, que todo o amor, toda adoração, toda devoção, todo o lugar em nossas vidas tem que pertencer ao PAI. Seu namorado (a) não é o seu bolo, ele (a) é apenas a cobertura. Deus é o nosso bolo, Ele é o ar que nós devemos respirar, pois foi quem soprou em nossas narinas o fôlego de vida.
Deposite todas as suas fichas em Deus e nos sonhos de Deus, que o mais Ele acrescentará (Mt 6,33).

(via Logo eu)


segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Papa: abrir-se à paz do perdão

Antoine Mekary | ALETEIA
“O perdão de Deus é o sinal de seu amor transbordante por cada um de nós"
O Papa Francisco dedicou a sua reflexão que precede a oração mariana do Angelus ao perdão, inspirando-se na passagem de Mateus proposta pela liturgia do dia.
“Perdoar setenta vezes sete, ou seja, sempre”, é a resposta de Jesus a Pedro ao ser questionado por ele sobre quantas vezes deveria perdoar. Se para ele perdoar sete vezes uma mesma pessoa já parecia ser muito, “talvez para nós pareça muito fazê-lo duas vezes”, observou o Papa.
Jesus ilustra a sua exortação com a parábola do “rei misericordioso e do servo perverso, que mostra a incoerência daquele que antes foi perdoado e depois se recusa a perdoar”:
“A atitude incoerente deste servo é também a nossa quando recusamos o perdão aos nossos irmãos. Enquanto o rei da parábola é a imagem de Deus que nos ama com um amor tão rico de misericórdia, que nos acolhe, nos ama e nos perdoa continuamente”.
Com o nosso Batismo – recordou o Santo Padre – Deus nos perdoou de uma “dívida insolvível”, e continua a nos perdoar “assim que mostramos um pequeno sinal de arrependimento”. E Francisco nos dá um conselho quando temos dificuldade em perdoar:
“Quando somos tentados a fechar o nosso coração a quem nos ofendeu e nos pede desculpa, nos recordemos das palavras do Pai celeste ao servo perverso: “eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?”.
“Alguém que tenha experimentado a alegria, a paz e a liberdade interior que vem do ser perdoado pode, por sua vez, abrir-se à possibilidade de perdoar”, sublinhou Francisco, que recordou que “na oração do Pai Nosso, Jesus quis inserir o mesmo ensinamento desta parábola. Colocou em relação direta o perdão que pedimos a Deus com o perdão que devemos conceder aos nossos irmãos: “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido”:
“O perdão de Deus é o sinal de seu amor transbordante por cada um de nós; é o amor que nos deixa livres para nos afastar, como o filho pródigo, mas que espera a cada dia o nosso retorno; é o amor contínuo do pastor pela ovelha perdida; é a ternura que acolhe todo pecado que bate à sua porta. O Pai celeste é pleno de amor e quer oferecê-lo, mas não o pode fazer se fechamos o nosso coração ao amor pelos outros”.
Ao concluir, o Papa pede que “a Virgem Maria nos ajude a sermos sempre mais conscientes da gratuidade e da grandeza do perdão recebido de Deus, para nos tornarmos misericordiosos como Ele, Pai Bom, lento para a ira e grande no amor”.
(AFP)


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Por que setembro é o mês da Bíblia?

Shutterstock
Além do Brasil, vários países da América Latina e África dedicam o mês de setembro à celebração da Sagrada Escritura
Todo católico sabe que setembro é o mês dedicado à Bíblia, mas você sabe por que foi feita essa escolha?
Em 1971, a Arquidiocese de Belo Horizonte (MG) propôs uma ação bíblica para todos os fiéis, leigos e consagrados, por ocasião da comemoração de seus 50 anos de existência. O período escolhido para os estudos bíblicos foi setembro, mês em que se celebra a memória de São Jerônimo, grande biblista na história da Igreja Católica.

Sabendo da ação da arquidiocese, o Serviço de Animação Bíblica das Irmãs Paulinas passou a propagar, todos os anos seguintes, a celebração do mês dedicado à Bíblia. Com a devoção propagada e os grupos de estudo bíblico se multiplicando, a CNBB passou a assumir a data comemorativa e instituiu a celebração por todo o país.
Atualmente, além do Brasil, vários países da América Latina e África dedicam o mês de setembro à celebração da Bíblia.
São Jerônimo
No ano 382, Pe. Jerônimo foi chamado pelo papa Dâmaso para ser seu secretário particular. Já em Roma, recebeu a incumbência de traduzir a Bíblia do grego e do hebraico, para o latim. Neste trabalho, ele dedicou quase toda sua vida. O conjunto final de sua tradução da Bíblia, em latim, se chamou “Vulgata” e se tornou oficial no Concílo de Trento. Desde 1947, já se celebrava o Dia da Bíblia em 30/09, data de falecimento do santo.


Oração de libertação de nossa casa

Mehmet Alci/Shutterstock
Para ser feita dentro da casa, com a família reunida
Após fazê-la, reze um Pai-Nosso e jogue água abençoada em todos os cômodos.
Início da Oração
Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo. Amém!
Pai de infinita bondade, estou consagrando ao Senhor minha casa, este lugar em que moro com meus familiares.
Muitas casas se tornam lugar de brigas, de disputas por heranças, de dívidas financeiras, choros e sofrimentos. Algumas são cenário de adultério, outras se transformam em lugar de ódio, vingança, prostituição, pornografia, devassidão, roubos, tráfico de drogas, falta de respeito, doenças graves, doenças psicológicas, agressividade, mortes e abortos.
Às vezes, enquanto a casa é construída, alguém, pelos mais variados motivos, amaldiçoa os donos ou os materiais de construção usados. Isso não é bom para o lugar em que vivemos. Por isso eu Te peço, Senhor, retira tudo isso do nosso lar.
Se o terreno, no qual está a casa, foi motivo de disputas judiciais e heranças mal resolvidas, o que pode ter gerado mortes, acidentes, violência e agressividade, peço, Senhor, que nos abençoes e afastes de nós todo esse mal!
Eu sei que o inimigo se aproveita dessas situações para instalar seu quartel geral, mas também sei que Tu tens o poder de expulsar daqui todo mal. Por isso, peço que o demônio vá direto aos Teus pés e nunca mais volte para esta casa.
Hoje, tomei a decisão de consagrar esta casa a Ti. Peço que, assim como foste na casa dos noivos de Caná da Galileia e ali fizeste o Teu primeiro milagre, venha hoje à minha casa e expulse todo o mal que possa estar nela enraizado e as possíveis maldições nela impregnadas.
Por favor, Cristo Senhor, expulsa agora, com o Teu poder, todo mal, toda falsa enfermidade, o espírito de separação, o adultério, os problemas financeiros, os espíritos malignos de agressividade, de desobediência, de bloqueios afetivos e familiares, toda e qualquer consagração, feitiço, benzimentos ou evocação dos mortos, simpatias ou uso de cristais, energização, todo tipo de vulto e barulho (cite outros incômodos que não estão aqui listados e que o (a) perturbam).
Que esses males sejam expulsos, agora, deste lugar, em nome de Jesus, e nunca mais voltem, pois, esta casa agora pertence a Deus e a Ele é consagrada!
Senhor, euTe peço, expulsa daqui toda a agressividade entre irmãos, toda briga, a falta de respeito e violência entre pais e filhos, entre o casal que aqui habita, entre os moradores desta casa e os vizinhos.
Que os anjos de Deus venham morar conosco. Que cada quarto, sala, banheiro, cozinha, corredor e área externa sejam agora habitados por eles. Que nossa casa seja uma fortaleza habitada e protegida pelos anjos do Senhor, para que toda a nossa família permaneça em oração, na fidelidade do amor a Deus, e que nela habitem a paz e a plena concórdia.
Muito obrigado (a), Senhor, por atender as minhas preces! Que cada dia possamos Te servir e que sejamos sempre agraciados com a Tua bênção. Saiba, Senhor, que esta casa Te pertence. Fica conosco, Senhor! Amém!
Autor: Padre Vagner Baia



segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Se Deus está “no” céu, onde fica o céu?

Public Domain
O Pai-Nosso começa dizendo que Deus está "no" Céu. Isto não sugere que o Céu é um lugar? E se é um lugar, onde fica?
Céu é onde Deus está. Então, onde está Deus? Em todo lugar. Então por que dizemos que Deus está no Céu, como se esse fosse um lugar particular em oposição a todo lugar?
A resposta é que, quando falamos de Deus ou do Céu, devemos usar a linguagem das coisas criadas, mesmo que Deus seja, por natureza, infinitamente maior do que qualquer criatura.
Já que, por nossa experiência, as coisas criadas encontram-se em lugares, quando falamos que Deus está no Céu parece soar como se estivéssemos nos referindo a um lugar físico. Mas o Céu não é um lugar físico, muito embora os mórmons acreditem que o Pai Celestial viva em um planeta próximo de uma estrela chamada “Kolob”.
Dizer que Deus está no Céu é um modo de dizer que Ele não “preso” à Terra. Uma rápida reflexão nos diz que Ele também não está “preso” ao espaço. Caso contrário, Ele seria limitado, significando que seria imperfeito e, portando, não verdadeiramente Deus. O Criador do universo, em sua natureza divina, não pode ser parte do universo que Ele criou.
Ao mesmo tempo, os teólogos dizem que Deus é onipresente: Ele está em todo lugar. Como, então, podemos dizer que Ele não faz parte do universo? Se Deus está em todo lugar, parece que Ele deva estar também no universo e, por consequência, seja parte do universo.
Considere, no entanto, o que dissemos sobre Deus não ser limitado ou confinado a um lugar específico. Por definição, estar em todo lugar simultaneamente significa não estar apenas em um lugar particular. A onipresença de Deus não significa que Ele se espalha sobre o espaço do mesmo modo que a margarina se espalha sobre uma fatia de pão ou a água se encontra distribuída por todo o volume de uma piscina.
Este é o erro do movimento de Nova Era, quer na forma de panteísmo (que afirma que tudo é Deus), quer na forma de panenteísmo (que afirma que Deus está em tudo assim como o açúcar encontra-se no suco).
Deus está em todo lugar – dizem os teólogos e filósofos – por seu poder, sua essência e seu conhecimento. Por seu poder infinito, Ele está em todo lugar pois Ele dá existência a todas as coisas. Ele está em todo lugar por sua essência pois o que Deus é (sua essência) não é separável daquilo que Ele pode fazer (seu poder). Deus está em todo lugar por seu conhecimento pois Ele sabe de tudo em todos os tempos.
Uma outra forma de enxergar a onipresença de Deus é pensar na Criação como uma novela divina e Deus como roteirista. O autor de uma novela está, em certo sentido, em todas as páginas que ele escreve. Ele cria o conjunto, os personagens e os eventos da sua novela. Apesar disso, ele mesmo se encontra fora da novela. Seria igualmente verdade dizer que a novela está dentro de seu autor – isto é, em sua mente.
Deus está fora do universo que Ele criou e sustenta (eis a sua transcendência), e, ao mesmo tempo, dentro dele (eis a sua imanência), por seu poder, essência e conhecimento.
Para um conhecimento mais aprofundado sobre o céu, sugerimos a leitura do livro “Everything You Ever Wanted to Know About Heaven” (“Tudo o que você sempre quis saber sobre o céu”), de Peter Kreeft, disponível no catálogo da Catholic Answers.

(via Veritatis)


Sofre de ansiedade? Então você precisa conhecer o conselho mais repetido na Bíblia

Gabriel King Photography | CC
Esse conselho é repetido 365 vezes ao longo do Antigo e do Novo Testamentos
Provavelmente, muitos pensam que a frase mais comum da Bíblia teria que ser algum tipo de proibição, um “não farás” isso ou aquilo. Talvez até algo como “amarás teu próximo”…
Nada disso. O conselho mais repetido no Antigo e Novo Testamentos é “Não temas” (e suas variações).
Você deve conhecer alguns versículos da Escritura com essa amorosa exortação. Um exemplo é quando o anjo Gabriel apareceu a Maria, anunciando que ela seria a Mãe de Nosso Salvador e quando José ouviu estas palavras ao saber que seria o pai terreno de Jesus: “Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo” (Mateus 1, 20).
Quando Jesus estava prestes a nascer, em Belém, outro anjo apareceu aos três reis com as mesmas palavras de alento.
Quer mais um exemplo? Pois bem: quando Zacarias foi informado que sua esposa ficaria grávida em idade avançada, “ficou perturbado, e o temor assaltou-o. Mas o anjo disse-lhe: Não temas, Zacarias, porque foi ouvida a tua oração: Isabel, tua mulher, dar-te-á um filho, e chamá-lo-ás João” (Lucas 1, 12-13)
Na verdade, há muito mais versículos em que a Bíblia nos anima a não ter medo.
Na Transfiguração de Jesus, os discípulos caíram no chão, apavorados pelo medo. Mas “Jesus aproximou-se deles e tocou-os, dizendo: Levantai-vos e não temais” (Mateus 17,7).
Ao todo, a frase “Não temas” e suas variações são repetidas 365 vezes ao longo da Escritura!
Muitas das nossas preocupações diárias giram em torno de algum tipo de medo do que pode acontecer. A ansiedade consome grande parte de nossa energia. Vai dar tudo certo na viagem? Haverá algum acidente com o carro? Saberei perdoar meu irmão? Estou fazendo o que Deus gostaria que eu fizesse? O que os médicos vão nos dizer sobre os exames? Será que esta é a melhor decisão que eu posso tomar? Essas são algumas das as perguntas que martelam interminavelmente em nossas cabeças. E, para cada uma delas, Deus nos lembra que temos que nos voltar para Ele em oração, com confiança.
Em Apocalipse 2,10, temos mais uma lição de coragem: “Nada temas ante o que hás de sofrer. Por estes dias o demônio vai lançar alguns de vós na prisão, para pôr-vos à prova. Tereis tribulações durante dez dias. Sê fiel até a morte e te darei a coroa da vida. ”
Já em Deuteronômio 31.6, somos incentivados a depositar nossa confiança em Deus, que não nos abandonará se O colocarmos em primeiro lugar em nossa vida: “Nada vos atemorize, e não os temais, porque é o Senhor vosso Deus que marcha à vossa frente: ele não vos deixará nem vos abandonará”.
Além dos inúmeros exemplos da Bíblia, temos que nos lembrar também de São João Paulo II, que começou seu pontificado com uma lembrança crucial: “Não temam”, disse ele. Esse santo de nosso tempo nos convidava constantemente a aceitar a paz que Cristo nos oferece e a confiar sempre em Seu amor e em Sua misericórdia.
Portanto, “Não temas”. Por:  Patty Knap |


quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Dia da Independência: amor à Pátria

© Hugo Martins Oliveira
Você sabia que o patriotismo tem relação com um dos dons do Espírito Santo?
Os dons do Espírito Santo são concedidos para que as pessoas se deixem conduzir, no seu dia a dia, não pelos impulsos oferecidos apenas pelos sentidos, mas aprendam a discernir o que é melhor para a própria sociedade, para as relações interpessoais e o crescimento de cada um dos filhos e filhas de Deus, feitos todos para a felicidade e a plena realização.
Um dos dons do Paráclito é o da piedade; e por intermédio de sua atuação, somos conduzidos à bondade, com sentimentos e atitudes adequadas em relação aos outros, à família, à sociedade e à pátria.
Alguns dos frutos esperados da ação do Espírito Santo – nos cristãos que cultivam a bondade – atendem pelos nomes de civilidade, cidadania e patriotismo.
Sim! Ao celebrarmos o Dia da Independência do Brasil, Dia da Pátria, desejamos oferecer à sociedade reflexões que signifiquem a contribuição da Igreja na construção de um mundo mais justo e fraterno, sabendo que vivemos num ambiente de pluralismo, com diversidade de pontos de vista e opções, a serem por todos respeitados e valorizados.
Há um sonho de liberdade e uma justa pretensão de um tratamento igualitário, capaz de ir ao encontro, especialmente, dos grupos mais frágeis da própria sociedade.
Os cristãos são chamados a viver nesta terra, a obedecer às leis e superá-las com a lei maior da caridade, derramada nos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.
Tudo o que se disser a respeito do patriotismo e do exercício da cidadania pode sempre passar por um processo de aperfeiçoamento contínuo, pois não temos aqui estadia permanente, mas estamos em busca daquela que há de vir (cf. Hb 13,14-21).
Daí que a impostação de sua presença no mundo comporta uma sadia inquietação, a qual podemos chamar de espírito crítico, a ser exercitado sem azedume nem revolta. É que o sonho do cristão tem nome de “Reino de Deus”!
Muitas atitudes, até justificáveis pela gravidade dos problemas sociais, podem gerar um acirramento no trato deles, a ponto de transformar em ódio os eventuais conflitos de contrários, ou mais ainda: situações de ângulos diferentes, possíveis de se ajustarem em vista do bem comum.
Contribuição dos cristãos para o Dia da Independência
Essa é uma contribuição que os cristãos desejam oferecer ao exercício da cidadania. Enxergar os problemas, a partir dos interesses comuns, superando uma sempre tentadora luta de classes, que alguns já viram como única via para a superação das mazelas da humanidade nos decênios passados, com resultados sempre desastrosos.
A busca do que constrói a vida das pessoas e da coletividade, o diálogo sereno, com a capacidade de verificar a validade das contribuições alheias e o necessário acolhimento delas, pode ser a estrada para a edificação do desejado mundo novo.
O sadio patriotismo leva à bonita emoção que envolve todos os brasileiros no Dia da Independência. Basta lembrar o quanto toca em nosso brio pessoal o canto do Hino Nacional, a bandeira hasteada nas solenidades e soldados garbosos em seus desfiles, que deixam pais e mães orgulhosos.
Os benefícios sociais alcançados pelas comunidades, as conquistas dos mais excluídos, a casa própria adquirida com tanto esforço, a vitória dos jovens que acedem às universidades, o primeiro trabalho ou o primeiro salário, tudo isso é construção de um mundo digno e respeitoso para todos. Entretanto, o patriotismo tem seu contraponto no exercício de gestos de cidadania.
A reflexão que agora proponho veio da indignação de um jovem diante do desleixo com que se joga lixo na rua. Fez-me pensar no respeito às leis de trânsito, no cuidado com nossas praças e áreas de lazer, assim como a resposta que pode ser dada às situações críticas de nossa região e do mundo.
Patriotismo significa amar a terra em que vivemos, valorizar a natureza, que é dom de Deus e, mais ainda, o respeito à vida das pessoas a serem amadas com amor de caridade, e com quais podemos merecer a presença do Senhor, “pois onde dois ou mais estão reunidos em seu nome, Ele está presente” (Mt 18,20).
Cidadania
Cidadania é também a participação nas atividades comunitárias e a valorização de iniciativas nas ruas e bairros.
As campanhas organizadas em vários períodos do ano pela Cáritas ou as diversas Obras Sociais existentes pedem resposta e participação.
Edifica muito o envolvimento das pessoas, especialmente quando se trata de promover e apoiar as crianças. Se tantas vezes lamentamos e nos indignamos com a violência, há que reconhecer a solidariedade que se estabelece diante do sofrimento de pessoas e grupos.
Cidadania é presença e pode se transformar em exercício da caridade. Tenho proposto a pessoas e grupos que a criatividade se exercite na sensibilidade correspondente aos dons recebidos.
Uma pessoa pode visitar, semanalmente, os hospitais; outra vai ao presídio; uma terceira se coloca à disposição para levar os doentes aos hospitais. Cada um olhe ao seu redor e descubra seu jeito de ser presença.
Um dos âmbitos decisivos do exercício da cidadania é o engajamento dos cristãos leigos na política partidária.
Sabemos que a Igreja Católica é, muitas vezes, incompreendida e julgada por não cerrar fileiras com os diversos partidos e grupos existentes. Acontece que ela é discípula e mestra na história.
Noutras ocasiões, a escolha de lados na política só trouxe prejuízos, não só para a própria Igreja, como também para a própria sociedade. Houve também clérigos que se aventuraram em pleitos eleitorais, contribuindo, infelizmente, apenas para a divisão entre os fiéis.
Cabe à Igreja estimular os homens e mulheres vocacionados à política, oferecer-lhes a formação adequada e ajudá-los a se comprometerem, não em jogos de vis interesses, mas no compromisso com os valores do Evangelho.
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Dom Alberto Taveira Corrêa

Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém – PA.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Se não puder falar bem de alguém, cale-se

Por Andrey Arkusha/shutterstock
Todos nós temos a necessidade de desabafar sobre uma relação que não está indo bem ou sobre um mal-estar que nos afetou. Porém, é preciso fazer isso da maneira correta
Se existe algo que tenho aprendido com a idade e com o passar dos anos, é a arte de conviver. E olha que antes de aprender, a gente erra muito, erra feio. Porém, com o tempo e alguns enganos, vamos adquirindo um certo tipo de elegância e polidez que vão além da educação. É algo sutil, mas que faz muita diferença, e que começa com a capacidade de ouvir mais do que de falar, e principalmente de manter distância das rodas de fofoca.
Quando abro a boca para falar mal de alguém, minha energia se canaliza para a mesquinhez, para a arrogância, para o julgamento frívolo e fútil. Essa energia ruim permanece dentro de mim, e é com ela que irei me alimentar, trabalhar, descansar. E sem perceber desperdiço minha vitalidade, os dons que recebi de Deus, a possibilidade de usar a palavra para algo mais assertivo e produtivo.
A vida já é tão complicada, já nos esforçamos tanto para vencer cada dia… que se não pudermos ter bons pensamentos a favor das pessoas, é melhor silenciar. Silenciar é um gesto de sabedoria, de encontro com o que é realmente importante e deve ser levado adiante, de retomada do equilíbrio, de regeneração das mágoas e busca do bem-estar.
Ninguém sabe o que o futuro lhe reserva. E por mais clichê que seja, realmente “a vida dá voltas”, e pode ser que aquilo que você tanto recriminou e condenou na vida alheia, venha acontecer na sua própria vida.
Adoro a frase de Fernando Pessoa que diz: “Segue o teu destino, rega as tuas plantas, ama as tuas rosas. O resto é a sombra de árvores alheias”. Pois é assim que deve ser. Cuide da sua vida, lide com as suas dificuldades, apare seus defeitos, aprimore suas qualidades e cure suas mágoas ao invés de ciscar pela vida alheia, se incomodando com que o outro faz ou deixa de fazer. Limpe seus olhos antes de falar sobre o cisco nos olhos do outro.
Tanta coisa a ser feita em nossa casa antes de apontarmos a sujeira na casa do vizinho! Tantas possibilidades de nos aprimorarmos como seres humanos, como seres espirituais, praticando a caridade, a generosidade e a compaixão, que não deveria sobrar tempo para recriminações, julgamentos, hipocrisia e falatórios em nossa vida. Tudo isso é desorganização, é perda de foco, é se afastar daquilo que viemos fazer nesse mundo: amar e sermos amados.
Diariamente somos bombardeados com ondas de indignação coletiva, e somos tentados a reproduzir essa raiva, essa indignação, esse ressentimento. Porém, deveríamos nos proteger dessas mensagens de ódio e segregação. Deveríamos buscar um local de silêncio dentro de nós mesmos e novamente nos conectarmos com o que é importante, com o que nos liga a Deus, com o que vai acrescentar algo de bom em nossa vida.
Todos nós temos a necessidade de sermos ouvidos. De desabafarmos sobre uma relação que não está indo bem ou sobre um mal-estar que nos afetou. Porém, é preciso fazer isso da maneira correta, abrindo nosso coração para a pessoa certa, que irá nos ouvir com discrição e cuidado. Isso é diferente de fofocar, de julgar, de espalhar falatórios sem um pingo de responsabilidade.
Quase tudo na vida pode ser praticado e virar hábito. Assim como nos condicionamos a falar mal dos outros, aprendendo com os maus exemplos que tivemos vida afora, podemos recolher nossas cadeiras da calçada e começar a praticar o simples hábito de calar a boca. De não entrarmos em brigas alheias botando mais lenha na fogueira; de não cairmos em tentação murmurando contra os outros pelas costas; de não ocuparmos nosso precioso tempo nos divertindo com fofocas; de silenciar e só abrir nosso coração para quem confiamos.
Finalmente há um ditado que diz: “Não cuspa no prato que você comeu”. Então, antes de difamar alguém que já te fez feliz, que já foi importante para você, que já teve algum papel na sua vida, pare e pense. Se em algum momento houve uma parceria, uma conexão, até mesmo uma troca de favores, não é justo nem digno falar mal. É feio, deselegante, grosseiro e vulgar. E mesmo que você tenha saído ferido ou prejudicado, não torne pública a sua mágoa, a sua decepção, a sua raiva ou tristeza. Não mande indiretas pelas redes sociais e descubra que o silêncio pode ser a melhor resposta. Aprenda a arte de conviver e constate o quanto é elegante ser discreto.


Por que devemos fazer nossos filhos dormirem cedo

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Aderir a um horário tem muitos benefícios para as crianças – e para os pais!
Minha cunhada e eu tivemos nossas primeiras crianças muito próximas. Mas enquanto eu estava descontraída (leia: preguiçosa) sobre horários para ir dormir, ela fez um plano com antecedência e o cumpriu. Desde o dia em que seu filho chegou do hospital, ele tinha hora para ir dormir. E era cedo, com o pôr do sol.
A hora para ir dormir da minha filha era quando ela adormecia no meu colo e eu a colocava no berço. Na verdade, ela realmente não teve uma hora para ir dormir estabelecida por anos. Ela ia para a cama quando o jantar acabava e a cozinha estava limpa e ela estava com sono, e isso podia ser às 8h da noite ou às 10h da noite. Eu não via problema e realmente cheguei a pensar que minha cunhada exagerava.
Até que minha filha entrou na pré-escola. De repente, tivemos como casal um tempo acordados que nunca havíamos tido antes… e ainda era cedo! Claro que nas primeiras semanas foi difícil a adaptação dela. Mas uma vez estabelecida a hora de dormir, às 8h da noite, aconteceu algo incrível.
Tudo entrou no ritmo. Ela acordava facilmente com um grande apetite, comia seu café da manhã, ia para a escola e voltava para casa no almoço com um grande apetite. Ela almoçava e tirava uma soneca, e as tardes estavam cheias de energia. Ela ouvia mais, as birras diminuíram, assim como os pedidos de petiscos. As horas de sono eram uma delícia. A vida, em resumo, tornou-se mais fácil e muito mais agradável.
Desde então, me convenci que é bom ir cedo para a cama. E dormir cedo não é apenas bom para as crianças – de acordo com Babble, isso também reduz o risco das crianças de desenvolver obesidade mais tarde na vida.
O estudo, publicado no Journal of Pediatrics de setembro, fornece novas evidências de que crianças em idade pré-escolar que dormem cedo estão em risco muito menor de desenvolver obesidade em seus anos de adolescência. Na verdade, os autores do estudo descobriram que “as crianças em idade pré-escolar que dormiam cedo durante a semana tinham metade da probabilidade de serem obesas quando adolescente em comparação com as crianças que dormiam tarde”. Em outras palavras, estabelecer boas rotinas de sono desde cedo pode ser um fator importante na prevenção da obesidade infantil.
Dormir cedo durante a semana corta pela metade o risco das crianças serem obesas quando adolescente. Essa é uma porcentagem enorme – e quando li isso, não pude deixar de lembrar da diferença no apetite da minha filha quando finalmente começamos a colocá-la para dormir mais cedo.
Dormir tarde geralmente incluía lanches tardios, e ela nunca teve muita fome pela manhã. Ela comia um pouco, então queria um lanche uma hora depois. E uma hora depois novamente. E meia hora depois de novo.
Dormir mais cedo não apenas contornou o problema dos lanches do final da noite, mas também prolongou e melhorou seu sono. Ela dormia menos agitada, dormia mais facilmente e acordava com mais energia. Pareceu-me que um boa noite de sono estimulava seus níveis de apetite e energia, então ela estava mais disposta a comer um grande e equilibrado café da manhã e depois passava horas sem sentir a necessidade de recarregar.
É preciso se certificar de que as crianças dormem o suficiente. Para crianças em idade pré-escolar, são necessárias 10 a 13 horas de sono por noite; para crianças do ensino fundamental, de 9 a 12 horas. Perder o sono necessário pode afetar negativamente a capacidade de seus corpos de regular emoções, hormônios e metabolismo, além de inibir o desenvolvimento cognitivo.
Simplificando, o sono é tão essencial para a saúde dos nossos filhos como a nutrição e o exercício, e devemos priorizá-lo. Mas se você precisar de uma pequena motivação extra para enfrentar as horas para ir dormir com mais disciplina, apenas pense nos benefícios que você receberá em troca: longas horas de silêncio. Por: Calah Alexander |


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Os 3 pecados da mídia, segundo o Papa Francisco

© Antoine Mekary / ALETEIA
Pope Francis General Audience March 02, 2016
Calúnia e difamação são graves, mas o terceiro é mais perigoso e destruidor ainda: a desinformação proposital
No dia 22 de março de 2013, o Papa Francisco fez um discurso à Associação Corallo, uma rede de televisão e rádio da Itália, durante audiência na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano.
Em seu discurso, o Papa Francisco enfatizou que a mídia deve prestar serviço à verdade, à bondade e à beleza, sem renunciar a nenhuma delas.
Considerando o desserviço prestado continuamente por segmentos poderosos da mídia que promovem agendas ideológicas próprias, à revelia da beleza, da bondade e do mais básico da verdade, recordamos hoje o seguinte trecho desse discurso do Santo Padre:
“…São tantas as virtudes. Acenei para isto no início: seguir a estrada da bondade, da verdade e da beleza, e tantas virtudes neste caminho.
Mas existem também os pecados da mídia! Permito-me falar um pouco sobre isto. Para mim, os pecados da mídia, os maiores, são aqueles que seguem pelo caminho da mentira e são três: a desinformação, a calúnia e a difamação.
Estes dois últimos são graves, mas não tão perigosos como o primeiro. Por quê? Eu vos explico. A calúnia é pecado mortal, mas se pode esclarecer e chegar a conhecer que aquela é uma calúnia. A difamação é um pecado mortal, mas se pode chegar a dizer: ‘esta é uma injustiça, porque esta pessoa fez aquela coisa naquele tempo, depois se arrependeu, mudou de vida’.
Mas a desinformação é dizer a metade das coisas, aquilo que para mim é mais conveniente e não dizer a outra metade. E assim, aquilo que vejo na TV ou aquilo que escuto na rádio não posso fazer um juízo perfeito, pois não tenho os elementos e não nos dão estes elementos.
Destes três pecados, por favor, fujam! Desinformação, calúnia e difamação”

 Alatéia Brasil.

Os outros: um problema ou uma ajuda?

LoloStock
Podemos achar que os outros atrapalham nosso caminho rumo a Deus, mas nossa felicidade passa pela felicidade dos que nos cercam
Não nascemos sozinhos, não chegaremos ao céu sozinhos. No entanto, às vezes pensamos que os outros são um problema para nós. E pensamos que a vida tem obstáculos demais para poder voar até o alto. Ao invés de degraus, vemos muros intransponíveis.

E podemos ter a tentação de querer prescindir dos outros para chegar às alturas, porque vemos neles um obstáculo que não nos deixa voar. É a fuga do mundo. Como dizia o Pe. Kentenich, “os que mais se empenham pela sanidade fazem que as pessoas repitam: meu Deus e meu tudo. Fora com todo o resto, com os vínculos. E assim, desprezamos com facilidade as coisas e as alegrias deste mundo. E destruímos muitas forças saudáveis da nossa natureza. Porque os vínculos queridos por Deus existem e devemos integrá-los em nosso vínculo com Ele”.

O mundo tem muitas alegrias em meio às tristezas. Há muita luz em meio às tristezas. Vínculos saudáveis que refletem Deus e seu amor. Precisamos uns dos outros neste caminho rumo ao céu. Somos degraus deste caminho que nos leva até Deus.

Às vezes, gostaríamos de fugir do mundo tentando chegar antes a Deus. A dor, o barulho, os problemas nos pesam muito. Mas não é este o caminho, não é esta a nossa vocação. Nossa felicidade passa pela felicidade dos que nos cercam.

A alegria é contagiosa, assim como a tristeza. Os vínculos humanos são os elos que nos levam ao alto: “Deus quer atrair com laços humanos. Por isso, procura que nos deixemos vincular pelo amor filial, conjugal, paternal. Ele permite que nos vinculemos a filhos, pais e cônjuges. Mas Deus puxa este laço para cima e não descansa enquanto não estiver tudo ligado a Ele”.

Por meio das pessoas, caminhamos rumo a Deus. Deus usou este caminho para chegar a nós, encarnou-se no ventre de Maria, fez-se um de nós, menos no pecado. Sofreu, riu, amou. Sim, Jesus se vinculou até o extremo, amou até dar a vida. Era um amor humano, cálido, tangível.

Nós usamos o mesmo caminho para chegar até Ele. Amamos na carne. Tocamos e olhamos. E nos deixamos tocar. Permitimos que o amor dos outros entre em nossa alma. E esse amor nos fala de um amor maior, mais pleno, mais cheio de luz. Esse amor nos leva a Deus.
Padre Carlos Padilla |