Não é só necessário que um pai seja presente; é
imperativo gerar vínculos afetivos sólidos com os filhos
Papai, viva de tal maneira que, quando seu filho pensar em lealdade,
honestidade, integridade, justiça, respeito, trabalho, fidelidade, serviço e
caridade, a sua imagem venha à mente dele.
Embora a sociedade ocidental dê mais importância à figura materna, a
figura do pai na vida dos filhos é tão importante como a da mãe, pois ele
desempenha um papel único, intransferível, insubstituível e fundamental no
desenvolvimento emocional, psicológico e social dos filhos.
Papai, quando eu crescer quero ser igual a você
Os filhos que têm a oportunidade de contar com os pais emocional e
fisicamente presentes no decorrer da vida – em especial nos momentos mais importantes
de seu desenvolvimento – apresentam maior tolerância à frustração, maior
confiança em si mesmos, autocontrole e autoestima elevada.
Mas não é necessário ser apenas um pai presente, é imperativo gerar
vínculos afetivos sólidos com os filhos. Ou seja, ser pai ativo, sempre
pendente às necessidades deles. Algumas vezes você satisfará essas necessidades
ou dará ferramentas para que eles encontrem soluções. Em outros casos,
simplesmente vai consolá-los e dar palmadinhas nas mãos com a seguinte mensagem
oculta: “tudo ficará bem porque estou com você”. Isso vai garantir segurança
aos pequenos.
O desenvolvimento de uma relação positiva com o pai ajudará o filho a
ser um adulto equânime e seguro. A sensação que lhe dá de poder contar com um
pai que lhe oferece respaldo é simplesmente indescritível.
Todo filho merece sentir-se desejado e aceito pelo pai – não somente
pela mãe. A aceitação precede da vontade; o desejo, do sentimento. Se um
filho percebe o abandono, seu desenvolvimento pode sofrer um bloqueio. E não
será tanto por não ter sido desejado, mas por não ter sido aceitado. A
aceitação da paternidade e a aceitação de sua pessoa são necessárias e muito
importantes para o saudável desenvolvimento individual e social do indivíduo.
Algumas atitudes de aceitação ou rejeição:
- Você provoca rejeição quando se transforma em
um pai autoritário e tirano. A mensagem que você manda para o filho é
que ele não te perturbe ou que tivesse sido melhor que não tivesse
nascido. Você também provoca rejeição quando se comporta como um pai
indulgente, indiferente, o “colega” de seus filhos. A mensagem que você
passa é que o pequeno não é sua prioridade.
- Também causa rejeição a superproteção (ou
quando você se transforma em um pai autoritário e perfeccionista). Neste caso, a
mensagem que você passa a seu filho é que ele deve seguir o seu modelo e
ser como você. O filho se sente com o amor condicional. Quando há
superproteção ou quando você passa a ser um pai narcisista, o filho pensa
que não há ninguém como ele. Embora pareça o contrário, ele desenvolverá
uma autoestima frágil.
A palavra convence, mas o exemplo arrasta
Se há algo que os filhos observam nos pais é a forma de trabalhar. Ou
seja, o pai deve ensinar a virtude e o valor humano do trabalho. Por seu modo de
trabalhar, um pai pode ser prestigiado ou desprestigiado pelos filhos, obterá a
admiração e respeito dele ou o contrário.
Os filhos são inteligentes e se a imagem que eles têm do trabalho do
pai, a partir das conversas familiares ou da sua atitude diante deles, for
negativa, os feitos na educação serão nocivos.
Também terá efeito negativo o fato de o filho perceber que o que se diz
não coincide com o que se faz. Com a incongruência, perde-se a
autoridade, e sem autoridade dificilmente haverá admiração e respeito.
Para qualquer filho, não há nada mais fortalecedor do que sentir-se
amado e protegido pelo homem que ele mais admira, seu super-herói.
Esse sentimento de proteção vai com ele por toda a vida.
No caso particular da relação pai/filha, se ela se sentir
abandonada pelo pai, quando for escolher seu marido, dificilmente saberá
fazê-lo, porque terá a necessidade inconsciente de preencher o vazio que o pai
lhe deixou. Portanto, em vez de buscar um companheiro de vida, em cada homem
que conhecer, ela vai querer encontrar esse pai para protegê-la. Isso é muito
perigoso e dificilmente resultará em relações amorosas estáveis.
Por isso, mamães, precisamos deixar os papais exercerem seus papeis de
esposos e pais. É importante que a mãe dê espaço e não interfira nessa relação,
mesmo que ela ache que “faria melhor do que ele”. O posto de um pai na vida de
um filho ou filha é insubstituível! Por: Luz Ivonne Ream
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